domingo, 14 de junho de 2009

Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire

Este livro aborda de forma objetiva algumas das questões fundamentais para a formação dos educadores. Através da experiência do autor em sala de aula, ele interage seus conhecimentos na prática e na teoria, resultando num livro repleto de informações importantes para os educadores em formação. No decorrer do livro ele introduz o questionamento do "pensar certo", envolvendo quase a totalidade dos tópicos do livro, distribuídos em três capítulos: não há docência sem discência, ensinar não é transferir conhecimento e ensinar é uma especificidade humana.
No primeiro capítulo, Paulo Freire aborda a importância tanto do discente para o docente como vice versa. Ele alega que o conhecimento é algo maleável e que a transferência do conhecimento é mútuo. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Nesse capítulo também, Paulo Freire retoma a sua crítica ao ensino bancário (crítica na qual teve início no livro: À sombra desta mangueira) que se traduz como o professor apenas transmitir o conhecimento ao aluno sem se preocupar em como o aluno aceita esse conhecimento.
No capítulo dois, ele vai defender a não-transferência do conhecimento mas sim a criação de possibilidades para a sua produção ou construção, negando, mais uma vez, o ensino bancário. Essa afirmação acaba virando mais uma da série Pensar certo, afirmando que esse pensar é difícil e exigente mas que devemos assumi-lo diante dos outros e com os outros ante nós mesmo. Por fim, ele diz que sem rigorosidade metódica não há pensar certo.
No último capítulo, Freire irá discorrer sobre a importância da segurança do docente. Essa segurança remete a segurança não só da sua autoridade quanto da sua posição, do respeito às liberdades e também da necessidade de rever-se, exercendo essa segurança com sabedoria.

REFERÊNCIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 39. ed. São Paulo : Paz e Terra, 1996.